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Blog de Experiencias

Uma caminhada nas florestas Tailandesas

  • pmdscortez
  • 5 de mar. de 2017
  • 4 min de leitura

Atualizado: 31 de mai. de 2020

Chiang Mai aproveitou  o facto de não precisares andar muito em qualquer direção até estares em plena floresta tropical para criar um turismo orientado para explorar a Natureza que rodeia a cidade.

Na verdade existem várias agências que dependem destes trekkings organizados que normalmente incluem caminhadas pelo coração da floresta, mergulhos em cascatas e passar a noite numa tribo local.

Não existe propriamente uma agência que te possa recomendar uma vez que as pessoas com quem organizas a viagem mudam constantemente de agência, a ideia aqui é dares uma volta de 1h em Chiang Mai e recolheres informação sobre as melhores hipóteses ou melhor ainda, reunires feedback de outros companheiros viajantes.

Assim foi a minha experiência:

Fui apanhado no hostel por um transporte que me levou até ao local de encontro com os nossos dois guias e o resto do grupo (cerca de 10 pessoas no total). Daí começámos a primeira caminhada do dia por uma parte da floresta menos densa

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A primeira parte do nosso percurso de 2 dias


Depois de 45 min por estes trilhos entrámos dentro do “coração” da floresta sempre acompanhados da boa disposição dos nossos dois guias. Com um nível de inglês bastante bom, iam nos explicando uma mistura do habitual discurso histórico e turístico sobre a Tailândia, bem como a versão mais intima de um local que vê um país mudar ano após ano com a chegada de cada vez mais estrangeiros.

Agora a vegetação ficava mais densa e a nossa caminhada era feito debaixo do som da água a cair pelas cascatas que serviam de local ideal para pousar as coisas e dar um mergulho refrescante.

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Melhor que simplesmente ficar a olhar, é estar por baixo da águas destas cascatas


O caminho nem sempre estava bem delineado e por vezes tinha os seus próprios “atalhos” (imagem em baixo) construídos pelas tribos locais.

O grupo com quem caminhas é uma parte bastante importante da tua experiência uma vez que nada melhor que conversas cativantes com pessoas de diferentes países para combater o cansaço causado pelo esforço e a humidade sufocante. Para além das conversas interessantes, a garrafa de água na tua mochila também vai ser uma ajuda preciosa.

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“If you fall, you arrive sooner to our camp. No problem!”


Aqui não existem grandes luxos,mas os nossos guias ensinam-nos como a aproveitar os recursos da Natureza (ainda hoje guardo no meu quarto um copo que fizemos a partir de cana de bambu).

Depois de um longo dia de caminhada eis que chegamos ao nosso lugar de repouso para a noite: uma cabana partilhada com vista para o rio que passa mesmo perto dos alicerces de madeira do nosso “quarto”.

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Um quarto com river view de borla


Perto da altura em que o sol se começa a por, os guias e parte da sua própria família fazem um jantar nos utensílios que trouxeram nas suas mochilas. Uma refeição saborosa que feita à volta de uma fogueira que ajudámos a acender onde mais uma vez podemos trocar impressões, contar histórias ou soltar gargalhadas com pessoas impecáveis.

Não é muito tarde, mas é fácil ver que foi um dia cansativo olhando para as caras das pessoas que se vão retirando lentamente para a cabana partilhada. Decido ficar mais um tempo vendo as caras dos locais iluminadas pelo laranja das chamas, debaixo de um céu completamente estrelado. Oferecem-me um Cheroot, cigarro típico desta zona e do país vizinho(Myanmar), uma vez que é nesta área que se encontra a folha que é usada para enrolar à volta do tabaco. Depois de ouvir contos mais pessoais por parte dos guias o meu corpo já implorava para se deitar, no dia a seguir ainda havia muita caminhada para fazer.

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À esquerda as pessoas que nos receberam, à direita um dos guias


De manhã acordamos cedo depois de uma boa noite de descanso. Temos um tempo para comer as sandes que trazíamos na mochila, antes de começarmos novamente a caminhar por um cenário completamente diferente do anterior – a floresta de vegetação densa era agora substituída por campos de arroz e pequenas tribos que se dedicam a produção de tecidos.

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Locais a trabalhar nos arrozais 


Mas o melhor ainda estava para vir: existia uma última actividade antes do nosso roteiro acabar: descer o rio numa jangada! E não uma jangada qualquer, mas uma jangada feita totalmente de bambu e ajudada a ser construída com as nossas mãos.

Assim que largámos a jangada na água ofereci-me para ficar na parte de trás que ajuda a direcionar a jangada, sendo que quem controla a mesma é o guia que vai em pé na frente. Demorou algum tempo até ter a confiança e o equilíbrio para me levantar na jangada, mas pouco depois já fazia uma boa equipa com o meu guia que convenientemente se esquecia de me avisar que em zonas de rápidos era melhor voltar a sentar-me 🙂

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O único momento em que até pareceu que dominava a jangada


No final do percurso de  cerca de meia hora na nossa jangada chegava ao fim os meus dois dias de aventura nas florestas da Tailândia. Despedi-me calorosamente dos guias que juntamente com paisagens fantásticas, atividades únicas e caminhadas desafiantes tornaram estes dois dias inesquecíveis. 

Ah e se chegaste até aqui ainda podes te estar a perguntar quanto tudo isto custou? Pois… a módica quantia de $30 com tudo incluído (refeições e dormida)

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